sábado, 19 de dezembro de 2009

Grenal Sub 20


Ao vencer o Coritiba,na tarde de ontem,o Grêmio garantiu vaga nas semi-finais do Campeonato Brasileiro Sub20,que se esta sendo realizado no Rio Grande do Sul.

Ontem o Tricolor dos Pampas empatou em 0x0 no tempo normal.Com esse resultado o jogo foi decidido nos pênaltis.Nas penalidades brilhou a estrela do goleiro Busatto,que no tempo normal já tinha fechado o gol,defendendo uma penalidade e garantindo a vaga na semi-final.

Domingo ás 18:30,no estádio Passo D'Areia,tem clássico Grenal.

Na outra semi-final,enfrentam-se Fluminense x Atlético-MG.
Sorte aos nossos meninos!
O ingresso custará R$5,00 e será vendido não Rua São Gonsalo.Em sorteio realizado na manhã de hoje na Federação Gaúcha,o pavilhão social será destinado a torcida colorada.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Você pagou com traição!

Uma inesquecível celebração ao gremismo o jogo de despedida de Danrlei de Deus Hinterholz, no sábado, partida que marcou o encerramento da temporada tricolor 2009. Mais de 33 mil torcedores em êxtase, doze toneladas de alimentos arrecadadas! Bonito de ver a vitalidade de Tarciso, o “Flecha Negra”, 58 anos, mais de uma década defendendo a camisa do Grêmio! Ver o jagunço Dinho chorando como uma criança, afinal de contas, os brutos também amam! Ver Paulo Nunes cruzar para Jardel fazer de cabeça, correr pra galera, como nos velhos tempos! O “Capitão América” Adilson Batista, Arce, Rivorola, Roger, Carlos Miguel, só faltou o lendário borracho Arílson! O goleirão Mazaroppi, o bigodudo Nildo, que grandes presenças! Era o Grêmio dos sonhos que estava em campo, uma seleção dos maiores craques que passaram pelo clube nos últimos vinte anos, personagens que fizeram parte de nossa infância e juventude e que continuam vivos no imaginário dos gremistas de todas as idades! “As pessoas vêm nos agradecer por tudo que fizemos pelo Grêmio, mas, para nós, é o contrário”, afirmava Paulo Nunes – “a gente é que agradece o que o Grêmio fez por todos nós”.Fazia tempo que não ia de Social (existem lendas que no local se reúne a fina-flor dos corneteiros), mas visto que era um jogo festivo e as filas estavam enormes em todos os portões, nos emburacamos no portão 5, do lado oposto à Geral.Bola rolando, só alegria, até que...Segundo tempo, o ex-jogador Roberto Assis Moreira (hoje empresário, presidente do Assis Moreira Group, proprietário do Porto Alegre Futebol, time fundado em 2006) entra em campo! Vaias generalizadas, em todos os setores do estádio! Cada vez que tocava na bola, aumentavam as vaias: quando conduzia a bola, vaias estendidas; quando dava de tapinha nela, vaia breve, um rápido “buh”! Eram vaias que cheiravam a mofo, há muito estavam guardadas no peito da torcida tricolor!Aos dezessete minutos da etapa complementar, gol de Assis, de cabeça! Foi a primeira vez, em meus 38 anos, que vi um gol gremista ser comemorado com vaias, em pleno estádio Olímpico! A avalanche desabou meia arquibanca e congelou! A torcida ficou sem reação! Começou a chover novamente!Constrangimento total...O povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la! Não sei onde ouvi esta frase, mas, desde então, não parei de repeti-la, incessante e insistentemente. Para minha alegria, os milhares de gremistas que compareceram à comovente homenagem provaram que o Grêmio, mais do que ter história, também tem memória!Muitos afirmam que um profissional moderno não tem apreço à camisa, apenas cumpre seu papel de jogar bola, sem mostrar identificação com o clube, beijar o distintivo, declarar eterno amor, etc. Assis Moreira já sabia disso há mais de vinte anos. Com o sotaque chiado que o caracteriza (nunca falou a língua do “tu”, preferindo a impessoalidade do “você”), disparou o ex-pseudo-craque, em entrevista (disponível no site Final Sports): – “As portas do estádio Olímpico estão abertas para nós. A nossa história aqui dentro permanece intacta”.Ledo engano...Recordar é viver: em dezembro de 1987, os jornais noticiavam o “desaparecimento” de Assis, então com 16 anos, que, levado à Itália por um empresário, estava treinando no Torino. Todos os esforços possíveis foram feitos para trazer de volta o “garoto de ouro”, promessa de craque que nunca se concretizou (foi vendido em 1992, por um valor pífio). Anos mais tarde, em 2001, o caçula dos Assis Moreira, o mais festejado filhote da Miguelina, internacionalmente conhecido como “Ronaldinho Gaúcho” (recentemente eleito o “Craque da Década” – a julgar pelas últimas temporadas e participações na Seleção Brasileira, uma homenagem póstuma a um jogador em final de carreira), repetia o irmão! Assessorado pelo próprio Assis, fazendo juras de amor eterno ao Grêmio (embora já com um pré-contrato assinado com o Paris Saint-Germain), o dentuço deixava o tricolor em circunstâncias obscuras, em meio a uma batalha judicial que se estendeu por meses, episódio que a maioria dos gremistas classifica como verdadeira e inequívoca “trairagem”!Há quem diga que a gota d´água foi a ida do filho de Roberto Assis para o colorado (foto), ou a inesquecível “performance” de Ronaldinho na final do Mundial Interclubes 2006 – partida que seria o “jogo do perdão”!Tanto faz... a ordem dos fatores não altera o produto final!Todos sabem que é esta a marca da família Moreira: na hora “da boa”, de comemorar, festejar os tempos que (infelizmente) não voltam mais, sempre presentes! Pra gravar comercial da Nike e fazer samba em concentração, 100%. Na dificuldade, na hora “da ruim”, escondidos, cabisbaixos, rendidos e derrotados, lá no fundo, talvez até constrangidos por sua conduta dita “profissional” – afinal de contas, profissional não tem time, aluga seu corpo e alma à quem lhe pague um soldo mais polpudo!Assis Moreira: “você” pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão!Direção: mais uma vez imploramos, ouçam a torcida! O Grêmio, mais do que nunca, precisa de união, dos gremistas de verdade! Errar é humano, insistir no erro, burrice! Não falo em nome da torcida, falo por mim: filho da dona Miguelina, jogando no Olímpico, só se for vestindo a camisa do adversário – de preferência a vermelha, que é a que lhes cai bem!!!Com a palavra, o caro leitor...Na boa ou na ruim, como o Grêmio sempre – na raça e na convicção, sem pipocar!!!

Cristiano Zanellacrzan@hotmail.com
Roberto Assis Moreira e seu herdeiro Diego, se apresentando no Beira Rio – uma imagem que vale mais do que mil palavras! Fonte: Site Oficial do Sport Club Internacional!

Banha....Vá com Deus







Banha ao lado de Renato (time Campeão do Mundo 1983)




A coletividade gremista está de luto. Aos 66 anos, faleceu, na madrugada desta quinta-feira, Alvaci Silva de Almeida, ou simplesmente “Banha”.
Banha foi massagista do Clube durante muitos anos estando presente nas principais conquistas do Tricolor nas décadas de 80 e 90. Iniciou sua trajetória como massagista da categoria juvenil no dia 1º de julho de 1967 e, mesmo sendo afastado de suas funções por problemas de saúde, se mantinha vinculado ao clube do seu coração.
Banha era a figura clássica no Grêmio e pode ser visto em qualquer pôster de time campeão do Tricolor Gaúcho.

Banha ao lado de Carlos Miguel

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ainda Danrlei

De Deus e do Grêmio. Por Felipe Sandrin12/12/2009-


Ninguém chorava como ele, ninguém vibrava como ele, ninguém nem mesmo lutava tanto pelo Grêmio como ele. Perdi as contas de quantas vezes trocou chutes e socos com quem ousasse difamar ele ou seu clube de coração. Herói de uma geração, ícone de qualquer gremista. Sem dúvida alguma, a década de 90 foi dele. E quem o viu jogar, defender as cores do Grêmio já sabe desde o início que me refiro a Danrlei.Havia quem não gostasse de seu temperamento rude e agressivo, sempre houve quem discordasse da violência com que ele resolvia tudo dentro de campo. Porém, nunca houve quem duvidasse de seu amor pelo Grêmio. Danrlei batia, xingava, declarava guerra a qualquer um que ostentasse injúria ao clube. Danrlei era um predestinado, nasceu com dois incríveis dons: o primeiro, de conseguir ser magnífico como goleiro; o segundo, de ser declaradamente, acima de tudo, gremista. Danrlei matava e morria pelo Grêmio. E se hoje em dia alguém pensar que por não jogar mais no clube ele se tornou menos gremista, que tente pronunciar ironicamente a palavra Grêmio a seu lado: a resposta vira imediata em seu conhecido olhar desafiador.Danrlei era o perfeito jogador-coração, chegou a servir a Seleção Brasileira algumas vezes, mas era notório que sua verdadeira força estava nas três cores do Grêmio. Nos clássicos Gre-Nais, tornava-se fácil perceber que, para ele, nunca era apenas uma questão de ganhar e perder: havia muito mais em jogo. Danrlei nasceu goleiro; mas se houvesse nascido atacante, seria certamente, até hoje, o artilheiro isolado do clássico. Quando nasceu, no dia 18 de abril de 1974, herdou o nome que o tornava cervo divino, justiceiro e guerreiro das causas nobres, pois por mais que Danrlei tenha se envolvido em confusões durante sua carreira, nunca estas foram em vão: cada golpe que por ele foi dado era acompanhado de suas crenças, seus braços eram punhais das causas justas – e mesmo que estas não fossem acabavam se tornando mediante a paixão que lhe movia.Nunca houve jogo perdido para Danrlei, nunca houve bola impossível, nunca faltou-lhe coragem ou bravura, e o porquê é simples: Danrlei lutava pelo que acreditava, ele lutava pelo Grêmio, um Grêmio que ele aprendeu a amar, um Grêmio pelo qual mais do que jogador ele se tornou torcedor. O que fazíamos nas arquibancadas, Danrlei fazia em campo. Ele era nossa voz, nossos gestos, ele era nossa indignação quando nos sentíamos roubados e difamados. Danrlei era pura emoção e por isso se tornou, além de ídolo, herói, um exemplo do que é ser um torcedor de verdade, disposto a dar o sangue e o suor para ver seu clube campeão. Foram 10 anos, 594 jogos de dedicação total ao Grêmio. Suas heranças para nós? Três Copas do Brasil, Campeão Brasileiro, da Libertadores, da Recopa Sul-Americana, ao todo foram 14 títulos, uma marca nunca alcançada por jogador algum que vestiu nossa camisa. Mais do que um ótimo goleiro, mais do que um papa-títulos, mais do que um rosto em pôsteres que hoje preenchem paredes no mundo todo, Danrlei é prova viva que time algum vive apenas do talento e habilidade de seus jogadores. Para ser campeão necessita-se algo mais: necessita-se um coração que lute pelo que acredita.Danrlei de Deus Hinterholz, com força e garra de um guerreiro, com desejos e sentimento de um torcedor, simplesmente Danrlei do Grêmio: ou alguém duvida?

Videos e Fotos da Festa



























































Show na despedida


Sábado a tarde podemos voltar no tempo e rever os nossos ídolos campeões da década de 90.

Infelizmente o dia foi frio,com muito vento e algumas pancadas de chuva.Mas o torcedor não quis saber disso e invadiu o estádio Olímpico.Mais de 33 mil pessoas compareceram e prestigiaram aqule que foi o jogador mais vitorioso da história do Grêmio.

A torcida vibrou e cantou muito,mesmo antes da entrada dos jogadores em campo.

Dentro de campo,no time dos Campeões da América de 1995,a ausência era somente do meia Arílsom,que alegou problemas pessoais em Santa Catarina.

O time formado por amigos de Danrlei,saiu na frente.Tarciso,ele mesmo,o Flecha Negra com seus 58 anos,aparou cruzamento na direita e rolou dentro da área para Rodrigo Mendes chutar na saída de Danrlei.Mas minutos depois,Mazaropi(outro Campeão Mundial de 83)não segurou firme e Paulo Nunes foi ao fundo cruzar para Jardel,como no velhos tempos,cabecear para o gol.

O estádio explodiu de alegria,ao ver a jogada característica da dupla que encantava em 1995.

Os amigos de Danrlei tomaram a frente novamente com gol de Rodrigo Fabri,após bela jogada de Tarciso,que mais parece um guri pela sua forma física.No final do primeiro tempo Zé Alcino driblou Danrlei e ampliou o placar.Amigos 3x1 Campeões.

No intervalo Danrlei foi até a Geral e tocou o bumbo da torcida

Logo aos 9 minutos do segundo tempo Victor,o melhor goleiro do Brasileirão 2009,falhou na frente do matador Jardel que empurrou para as redes e descontou no placar.Logo em seguida Douglas Costa foi ao fundo e cruzou e Assis(irmão de Ronaldinho Gaúcho),cabeceou para o fundo das redes.Ao contrário que todos imáginavam,a torcida não commemorou o gol.Muito pelo contrário,o que se ouviu foram vaias e gritos de "Traidor",por parte da torcida.

Aos 29 minutos, a partida foi paralisada para a saída de Danrlei. Antes de deixar o gramado, o goleiro foi abraçado pelo amigos e muito saudado pela torcida. Murilo, ex-companheiro de time, assumiu a meta dos Campeões de 95. – Acabou um ciclo da minha vida. Estar aqui nesse dia, com meus amigos e essa torcida, ninguém sonhava. Obrigado, de coração, a todo torcedor gremista - declarou ao sair de campo.
Quatro minutos mais tarde, os campeões de 95 viraram. Nildo, destaque do título da Copa do Brasil de 94, cruzou pela esquerda e Jaques cabeceou para anotar o quarto gol.